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27 de janeiro de 2011

Vamos levar mais a sério?

Eu não estava disposto a escrever nada esta semana. Greve geral mesmo. Mas algumas coisas me irritam profundamente.
Segunda e terça feira fui bombardeado com notícias sobre o suposto aliciamento de um avô para com a neta de dois anos em Jacareí. Deram detalhes, achincalharam o velhinho. Por onde andei, ouvi frases do tipo: "tem que cortar o bilau dele"; "matar o véio na pancada", etc.
Eis que hoje vejo uma notinha-isto mesmo, uma notinha- com o resultado do laudo pericial,  afirmando que a menina não foi molestada por ninguém.
Ou seja, bola fora da imprensa. Nesta mesma notinha, tinha uma entrevista com o pai, acusando a ex de não aceitar a separação, e por isto querer acabar com sua reputação e de sua família.
Agora pergunto:
-Porque na primeira matéria já não saiu a versão do pai da criança? Todo mundo que leu, acreditou que estava consolidado o ato libidinoso. Foi uma matéria tendenciosa.
-Porque a matéria de acusão foi destacada, cercada de detalhes, e esta agora, uma nota no canto da página, com uma pequena resposta do pai da criança-filho do acusado-.
Isto me irrita. Na hora que viram a denúncia  a imprensa caiu babando né. Um furo pra vender jornal e aumentar acesso no site. Mas e agora, como fica esta família que foi exposta e praticamente condenada pela opinião pública, nossos formadores de idéia?
Não poderia ter sido feito uma retratação maior? ou mesmo perder o furo, mas quando publicar a matéria apurar todas as versões?
Perguntas e mais perguntas desse nosso jornalismo, cada vez mais capitalista e sensacionalista!
Boa quinta a todos!


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